Poesia da mota
quarta-feira, 3 de junho de 2009 - 01:22
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Não me apercebi quem eras
pois só vivias para a poesia
mas depois dos foguetes
descansei na montaria.
Tive direito a capacete
apanhei com o vento pela frente
vi as luzes que no céu se erguiam
mas nunca o padeiro se fez gente.
Lambuzei-me na marmelada
e avidamente me espreguiçava
mandei-me toda para a frente
e nem assim me atropelavas.
Nas minhas pernas tu te perdeste-te
com olhos ramelosos
mas depressa os entortaste-te
em gestos escandalosos.
Não entendi o momento
assustei-me com a tensão
mas depressa, percebi
que os borrifos eram do Caipirão.
Caipiroska fiquei
em transe me aguentei
narraste durante horas
e eu só para as pernas olhei.
Levei semanas a digerir
tamanha refeição
que sem me tocares
foste capaz de tanto comichão.