Falta-me qualquer coisa
sexta-feira, 17 de julho de 2009 - 01:23
0
comments

Agora falta-me sempre qualquer coisa,
perdida no chão.
Mas não sei se é fobia
se é coisa do António Mourão.
E por muito que se faça
desde que bata na palheta
bate sempre tudo certo
quando nos resta bater à palmeta.
Vou sentindo a roupa a bater na pele,
prostrada, e surda como uma porca
faço riscos no céu
canto para todas as larocas.
Acabo, agarrada à beata
escrevendo com o crayon,
vou pincelando com a língua
enquanto aliso o pintelhou.