Sobe, sobe
terça-feira, 31 de março de 2009 - 17:35
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Sobe sobe, balão sobe
Vêm trazer-me rapidamente
uma padrada sem precedentes
que me deixe a cabeça quente.
Quero ser levado ao fim do Mundo
sem provar o aguardente
escarrapachar-me suavemente
nas sensações dos finalmentes.
Fui misturado com os vampiros
numa noite de lua nova
encaminhado e desflorado
por pirilampos apaneleirados.
Dançavam perdidamente
a dança dos carniceiros.
junto com eles lá eu estava
sem parafusos nos meios.
Com trovoada à mistura
cheio de energia de lamparina
coço-me desalmadamente
para lua que não me liga.
Na desesperada turbina
subo ao fundo, agoniado
num foguete de lume,
acabando no carvalho de qualquer uno.